A indústria 5.0
Enquanto as indústrias ainda batalham para se adaptar as exigências da indústria 4.0 basicamente a interconexão de novas tecnologias para se obter maior eficiência, já está em discussão o desafio de se implementar uma nova modalidade de interação da indústria com a sociedade e novas tecnologias.
Mal passaram os efeitos do impacto da chegada da indústria 4.0, que já abordamos em artigo e até mesmo em palestra, eis que o tema indústria 5.0 começa a ocupar espaço da mídia técnica, no anúncio de novas tecnologias e componentes e em todos os meios que diretamente vão ser afetado por mais essa transformação de nosso mundo. Neste artigo tratamos um pouco do tema que, certamente, vai se ampliar nos próximos meses.
Ainda estamos no começo da quarta revolução industrial, a indústria 4.0, mas já se fala no que viria a seguir, e que não deve demorar muito: a indústria 5.0.
Enquanto as indústrias ainda batalham para se adaptar as exigências da indústria 4.0 basicamente a interconexão de novas tecnologias para se obter maior eficiência, já está em discussão o desafio de se implementar uma nova modalidade de interação da indústria com a sociedade e novas tecnologias.
Seria a quinta revolução industrial, a indústria 5.0 em que as pessoas trabalharão e interagirão com robôs e máquinas inteligentes de modo a se obter mais eficiência.
Se analisarmos a indústria 4.0 (Veja nosso ART1350), vemos que ela se basioa nos sistemas de produção Ciber-Físicos, ou seja, sistemas em sensores espertos dizem para as máquinas como elas devem ser processadas; os processos devem governar a si mesmos num sistema modular descentralizado. Sistemas embutidos espertos começam a trabalhar juntos comunicando-se sem fio, tanto diretamente como via uma ”nuvem” na Internet – A Internet das Coisas (Thing Internet ou IoT) – para uma vez revolucionar a produção.
Os sistemas centralizados rígidos de controle das fábricas cedem agora seu lugar para inteligência descentralizada, com a comunicação máquina com máquina (M2M) no chão de fábrica.
Na indústria 4.0 temos a inclusão de novos elementos neste processo de temas como a economia na resolução de problemas e criação de valor, diversidade, descentralização, sustentabilidade e compatibilidade ambiental, ela certamente exigirá tecnologias eletrônicas que já estão surgindo e novas que deverão atender a necessidades específicas.
Nos tempos que se aproximam, a valorização do ser humano, do meio ambiente e dos recursos energéticos ocuparão um posição de determinantes em tudo que faremos e isso incluirá a indústria.
Assim, o foco das indústrias nestes itens será o primeiro ponto a ser considerado na utilização nas tecnologias que estarão chegando. Muitas delas, na verdade, já chegaram, com recursos que poderão ser aplicados no desenvolvimento de tudo que vem a seguir.
Os projetistas, engenheiros de manutenção e instalação de equipamentos industriais deverão estar preparados para trabalhar com as novas tecnologias que estarão envolvidas. No entanto, para isso, seu preparo já deve vir de agora.
Um ponto importante que está sendo considerado é que nem sempre a substituição total de um operário humano por um robô pode ser uma boa ideia.
Num artigo sobre o assunto, relata-se que mesmo Elon Musk admite que a automação em excesso pode ser um erro. Ele comenta que enquanto um robô é excelente para atividades repetitivas que podem ser realizadas uma infinidade de vezes, sempre com a mesma precisão (robôs não cansam), eles não estão preparados para o pensamento crítico ou para enfrentar certas situações, da mesma forma que um funcionário humano.
A ideia é justamente essa, utiliza mais os robôs colaborativos (robots) que podem trabalhar junto com humanos. Desta forma, na indústria 5.0 teremos uma interação mais próxima do humano com a máquina. É a experiencia trabalhando com a eficiência.
Justamente neste ponto temos uma diferença entre a indústria 4.0 e a indústria 5.0. Enquanto na primeira temos a interconexão das máquinas, dos sistemas e dos processos, na indústria 5.0 temos além de tudo isso um aperfeiçoamento das interações colaborativas entre máquinas e humanos.
Alguns fabricantes de equipamentos industriais já estão se beneficiando dessa abordagem em seu produto, aplicando-a em alguns setores, o que mostra que, como nas outras revoluções industriais, o processo pode não ser brusco, uma disruptura, mas sim suave com uma transição aos poucos.
Enfim a ideia é justamente novamente colocar o operário qualificado na linha de montagem para complementar o que a máquina, mesmo com inteligência artificial, não consegue fazer.
Isso é importante, principalmente se lembrarmos que nas escolas técnicas e de engenharia, a prática de habilidades como o uso de ferramentas e trato com instrumentos, exigindo o aprimoramento das habilidades manuais estão sendo esquecidos.
Na indústria 5.0 a interconexão entre homem e máquina volta a ser valorizada de modo a se aproveitar o máximo da robotização, do uso da inteligência artificial de modo a se maximizar o processo de manufatura.
Um ponto muito importante que se deve ter sempre em mente é que qualquer revolução que ocorra na sociedade nunca pode ser revertida.
Sabemos disso por todos os movimentos sociais que ocorreram desde que o homem conseguiu documentá-los. Isso é válido também para as revoluções industriais e no caso da chegada da indústria 5.0 isso também é válido.
A presença do robô no nosso dia a dia de uma forma cada vez mais intensa é inevitável. Assim foi com a presença das telecomunicações (celulares), do automóvel, Iot e e agora inteligência artificial chegando.
Robôs dotados de AI (Inteligência artificial) são invitáveis no futuro, inicialmente em funções gerais fora de nossos domicílios, depois na indústria e logo depois entrando em nossas casas.
É claro que em disrupturas como essa, a agressividade de alguns empreendedores assusta e produz movimentos de oposição, caso de Elon Musk e outros. É preciso haver um preparo para a aceitação.
E isso deve ser feito não apenas com cuidado, mas numa velocidade compatível com o avanço da tecnologia. Precisamos estar preparados para a nova indústria 5.0 que está chegando, suas implicações na empregabilidade do futuro, na aceitação de seus produtos e de sua operação e muito mais.
Enfim, faz parte de um processo que não podemos impedir, combater ou rever. Como toda mudança de tecnologias é irreversível.
Texto adaptado de Blog Microsoft e Docs Microsoft
Imagens – Shutterstock