Reforma Tributária e os impactos nos ERPs: O que muda e como sua empresa deve se preparar

Reforma Tributária e os impactos nos ERPs:

O que muda e como sua empresa deve se preparar

Por Anilton Fantini Junior

A Reforma Tributária já é uma realidade. Com a aprovação da Emenda Constitucional 132/2023, o sistema de tributos sobre o consumo no Brasil passará por sua maior reestruturação em décadas.

Muito se fala sobre simplificação, fim da guerra fiscal e ganhos de competitividade — mas na prática, essa mudança afeta diretamente a operação de empresas de todos os portes, especialmente quando falamos de tecnologia, sistemas fiscais e gestão tributária.

Se sua empresa trabalha com ERP ou se você atua nas áreas fiscal, contábil ou de TI, é hora de entender com clareza o que está por vir.

O que é a Reforma Tributária e o que muda?

A proposta tem como objetivo simplificar o modelo atual, substituindo cinco tributos — PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS — por dois impostos principais:

• CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – de competência federal
• IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – com gestão compartilhada entre estados e municípios

Além disso, será criado um Imposto Seletivo, voltado a produtos que geram impacto negativo à saúde ou ao meio ambiente.

O novo modelo também trará mudanças relevantes:

• Crédito financeiro amplo e não cumulativo
• Cobrança dos impostos no destino (e não na origem)
• Redução da complexidade nas obrigações acessórias
• Mais transparência para o consumidor final

E o que isso significa na prática?

A teoria pode ser promissora, mas os impactos operacionais são significativos. A Reforma vai exigir uma revisão completa de sistemas, processos e estruturas fiscais. Alguns pontos críticos:

• Adaptação dos layouts e modelos de nota fiscal eletrônica (NF-e e NFS-e)
• Alteração nos códigos fiscais e classificações tributárias
• Revisão das regras de cálculo e contabilização
• Novas exigências para gerenciamento de créditos e débitos
• Necessidade de reorganização de CNPJs e filiais, especialmente em operações interestaduais

  Empresas que não se prepararem com antecedência correm riscos: de inconformidade até paralisações operacionais por falhas sistêmicas ou fiscais.

Como sua empresa pode (e deve) se preparar

A preparação vai muito além de esperar por atualizações no ERP. É uma mudança estrutural que precisa envolver planejamento estratégico, alinhamento de equipes e ação antecipada.

1. Atualize seu ambiente tecnológico
O ERP precisa estar apto a processar os novos tributos, gerar documentos atualizados e adaptar as regras de negócio. Essa é a base técnica para garantir conformidade.

2. Crie ambientes de teste (sandbox)
Simular cenários com CBS e IBS ajuda a antecipar falhas, identificar ajustes e adaptar as rotinas internas com segurança.

3. Treine suas equipes
Essa transformação não é só do fiscal. Contabilidade, TI e operação devem atuar em conjunto, entendendo os impactos e executando a mudança com agilidade.

4. Acompanhe iniciativas de fornecedores de ERP
Participar de programas piloto e acompanhar os cronogramas oficiais é essencial para garantir que a empresa esteja entre as primeiras a operar com o novo modelo de forma estável.

Conclusão

A Reforma Tributária traz um novo cenário de exigências — mas também de oportunidades. Empresas que se anteciparem poderão não apenas atender às obrigações legais, mas também otimizar seus processos e conquistar mais eficiência e controle.

No próximo artigo, você verá como a Microsoft está conduzindo essa transformação no Dynamics 365 Finance, com um plano técnico detalhado, cronograma definido e soluções criadas especialmente para a realidade brasileira.

Se quiser entender como essa adaptação pode funcionar na sua empresa, continue acompanhando ou nos chame para conversar.

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